FREAKS INDICA

I May Destroy You usa humor ácido para retratar a superação de traumas

I May Destroy You
Série é estrelada, escrita e produzida por Michaela Coel

Foi difícil pensar em um texto para essa semana. Já troquei mil vezes e resolvi então explorar vários pilotos de séries da HBO Max. Nada me agradava até que parei em I May Destroy You. E permaneci. Eu maratonei metade da temporada e trago uma review parcial para vocês.

São 12 episódios curtinhos, com meia hora de duração cada. E eu já sabia por indicações e reviews do que se tratava. Mas o interessante da escrita é você poder dar outras perspectivas sobre um mesmo fato; e claro, cada pessoa aborda cenas ou situações de uma forma específica e isso que enriquece cada texto, pois cada pessoa vai retratar baseado em sua experiência, o que mais agradou ou não, sob sua escolha. Por isso acho magnífico o poder da fala e da escrita, assim como a liberdade que temos para nos expressar.

O episódio piloto contextualiza a vida da protagonista Arabella e você entende que ela está em um processo de inspiração para seu novo livro. À medida que seguem os episódios, vamos conhecendo mais sobre ela, seus amigos e sua relação com as drogas.

Com conteúdos de nudez, conteúdo sexual e violência, é uma série forte e bem marcante por todos os aspectos que ela aborda, a citar o estupro e como sobreviver após esse trauma, além de abuso de drogas e racismo.

I May Destroy You
Com cerca de 30 minutos cada, os episódios podem ser assistidos na HBO Max

Arabella não se recorda do que ocorreu na noite fatídica, mas aos poucos vai se lembrando. Ela tenta unir as peças para reconstruir o ocorrido. Conforme se recorda, sofre inicialmente um processo de negação. E seguimos juntos nesse momento. Também temos um flashback de sua ida à Itália com sua melhor amiga Terry. E mais drogas. Mais situações importantes dos personagens secundários (seus amigos).

Eu já conhecia Michaela Coel de Chewing Gum, mas o que me chama atenção nessa nova obra é que ela além de escrever (como fez com Chewing) e produzir, ela atua como protagonista e pode dar voz às pessoas que sofrem abuso sexual – e digo pessoas, pois outra pessoa irá vivenciar um trauma também na trama. Enfim, uma artista completa.

Uma série britânica de comédia dramática que retrata de maneira corajosa e com humor ácido a superação de um trauma. E vocês, pessoal? Já conheciam algum trabalho da Michaela? Essa série está na lista de vocês? Conta pra gente nos comentários!

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